“Denominação de Origem Protegida é a designação regulamentada pela União Europeia que protege os nomes dos produtos cuja produção, elaboração e transformação ocorrem numa região delimitada, com um saber-fazer devidamente reconhecido e verificado.”
Mel que provém exclusivamente de nectárias florais da flora espontânea da região geográfica delimitada. Apresenta uma cor perto do âmbar a âmbar escuro, quase negro. O odor é acentuado pelo néctar de urze, o que lhe atribui um paladar forte e alguma adstringência e por isso com propriedades distintas de outros méis. É um mel de elevada viscosidade e que cristaliza a baixas temperaturas, com textura média regular com redução da intensidade da sua coloração.
O "MEL DA TERRA QUENTE" é produzido pela abelha local pertencente à Apis mellífera (sp. Ibérica), em região montanhosa da “Terra Quente”, com uma flora espontânea em que predomina o rosmaninho, a giesta branca e a esteva, entre outras espécies melíferas e poliníferas.
O "MEL DA TERRA QUENTE apresenta cor âmbar claro e é rico em alguns sais minerais. Tem tendência natural para cristalizar, característica que garante a sua pureza e qualidade. Só pode ser comercializado no estado fluído (pastoso) ou sólido (cristalizado).
O mel das Terras Altas do Minho (TAM) é produzido pela abelha Apis mellífera mellífera (sp ibérica), numa região montanhosa com flora caracterizada pela presença de Urze, Erica ieíraiix, Érica cinerea, Érica arbórea, Érica vaquans, Érica ciliares e Calnna vulgaris. É um mel onde se pode encontrar pólen de ericáceas, devido á sua predominância na região. O Mel das Terras Altas do Minho DOP tem cor acentuadamente escura, é rico em alguns sais minerais, apresenta níveis de cristalização médios e regulares, o que determina a sua qualidade e pureza. Só pode ser comercializado no estado fluído (pastoso) a sólido (cristalizado) e apresentado sob a forma de mel centrifugado ou mel em favos.
O Mel de Barroso com Denominação de Origem é produzido pela abelha local - Apis mellífera (sp. Ibérica), em região montanhosa, com flora característica.
É um Mel de néctar de flores, em que se encontra maioritariamente pólen das Ericáceas que fazem parte da flora melífera regional. Para além da urze (Érica umbellata também conhecida na região como "queiró"), podemos encontrar a Érica cinerea, Érica arbórea, Érica vaquans, Érica ciliares e Coluna vulgaris. Este Mel, de cor acentuadamente escura, é particularmente rico em alguns sais minerais e apresenta níveis de cristalização médios e regulares.
“Mel do Alentejo DOP” é produzido por abelhas de raça local, Apis mellifera (sp. Ibérica).
Existe Mel do Alentejo DOP monofloral (Rosmaninho, Soagem, Eucalipto e Laranjeira) e multifloral.
Méis Monoflorais
Rosmaninho
É um mel obtido do nectar da Lavandula stoechas L., de cor clara com tonalidades quase transparentes a âmbar, apresentando um aroma e paladar fino e leve. O fator distintivo que caracteriza este mel é a presença de pólens de Lavandula stoechas L., cristáceas Echium s.p.p.
Soagem
É um mel obtido a partir do néctar de Echium s.p.p., tem uma cor clara que varia entre âmbar claro a âmbar. Tem tendência a cristalizar formando uma cristalização compacta, fina, esbranquiçada ou amarelada. Possui aroma e paladar suaves.
Eucalipto
É um mel obtido a partir do néctar de Eucaliptus s.p.p. apresenta uma cor âmbar, com paladar pronunciado e forte, sendo o seu aroma característico das fragrâncias eucaliptais. Tem presença de pólens de Eucalyptus s.p.p em maior predominância e outros poléns como Echium s.p.p., Helianthus anus, Lavandula stoechas L., Cistus s.p.p., Erica s.p.p., Tasneira, Tágueda entre outros.
Laranjeira
Este mel tem a sua proveniência a partir do néctar das flores de Citrus s.p.p.. Apresenta uma cor clara, tem um paladar delicado e um aroma característico das fragrâncias laranjais, o que o distingue dos demais. Tem uma componente polínica caracterizada pela presença de pólens de Citrus s.p.p., Echium s.p.p., Eucalyptus s.p.p. entre outros.
Mel Multifloral
Mel proveniente de néctares de espécies de plantas florais existentes nas pastagens naturais da área geográfica delimitada.
É considerado mel multifloral quando se verifica a presença de pelo menos uma das espécies; esteva, sargaço, rosmaninho, soagem, eucalipto, cardo, tomilho, laranjeira e alecrim, numa percentagem mínima de 5%.
O mel multifloral apresenta uma cor âmbar claro a âmbar escuro e possui aroma e paladar ricos e perfumados a denotar a flora que lhe deu origem.
O Mel do Parque Natural Montesinho DOP é um mel de zona de montanha onde predominam os carvalhos-negral (Quercus pyrenaica) e castanheiros (Castanea sativa), freixos-de-folha-estreita (Fraxinus angustifólia); salgueiros (Salix atrocinera e S. salviifolia) e amieiros (Alnus glutinosa). Da vegetação predominante fazem parte, a urzes (Erica australis e E. umbellata), carqueja (Pterospartum tridentatum), arçã (Lavandula pedunculata ssp. pedunculata), sal puro (Thymus mastichina), giesta (Genista florida) e esteva (Cistus ladanifer).
O mel tem como características o sabor forte, persistente em harmonia entre o doce, amargo e salgado. Apresenta aroma complexo com expressões florais, frutadas acompanhado de madeira seca, deixando alguma adstringência na boca. Tem uma textura macia com sensação de cristais finos. Quando à cor, escura, no espectro da cor âmbar, brilhante e límpida com reflexos esverdeados e vermelhos.
Mel Ribatejo Norte DOP
O mel Ribatejo Norte DOP é produzido pela abelha local – Apis mellifera sp Ibérica, na região do Ribatejo Norte, estando definidos quatro sub-tipos de mel DOP desta região:
É uma região que tem como vegetação apícola a predominância de espécies como:
Rosmarinus officinalis (alecrim), Lavandula luisieri (rosmaninho), Rubus ulmifolius (silva), Ulex sp. (tojo), Genisía sp. (giesta); leguminosas espontâneas como Orniíhopus sp. (serradela), Vicia sp. (vicia), Medicago sp. (luzerna), e Trifolium sp. (trevo); compostas ligulifloras (Carduus sp., Cirsium sp., e Galactites sp.); cistaceas (Cistus albidus, C. crispus, C. salvifolius) e mirtaceas Eucalypíus sp. eMyríus communis).
É um mel de néctar que provém dos nectários das flores e apresenta uma cor clara. Pode apresentar-se sob a forma de melcentrifugado ou de mel em favos. Quanto a características organoléticas, estas são tipicamente de origem botânica. A cristalização é homogénea, no estado líquido ou sólido e possui um exame visual muito bom a excelente. Apresenta ausência de defeitos visuais e defeitos olfativos.
As principais espécies botânicas com valor apícola desta sub-região são: as ericaceas (urze) E. arbórea, E.umbellaía, E. lusitanica, E. australis, Calluna vulgaris ( queiró) e Arbutus unedo (medronheiro); Myrlus communis (murta), Viburnum sp (folhado); Rubus sp. (silva, rosa); Casíanea saíiva (castanheiro); Rahmnus alaíernus, Jasione moníana, Ulex sp. (tojo), Genisía sp. (giesta); Lavandula luisieri (rosmaninho), Meníha sp., Eucalyplus sp. E algumas cistaceas ( Cisíus albidus, C. crispus, C. salvifolius, Tuberaria guttaía e Hallimium sp.
Assim, o mel da Albufeira de Castelo de Bode é produzido com néctar proveniente dos nectários das flores da sub-região, tem uma cor clara e pode apresentar-se centrifugado ou em favo. É um mel com caraterísticas tipicamente de origem botânica, com aroma e sabor floral (ericaceas) intensos, com exame visual muito bom a excelente. A sua cristalização é homogénea quer no estado líquido ou sólido. Apresenta ausência de defeitos visuais e defeitos olfativos.
É um mel de néctar que-provém dos nectários das flores, apresenta uma cor variável e pode apresentar-se sob a forma de mel centrifugado ou mel em favos. No estado líquido ou sólido, o exame visual é muito bom a excelente e a cristalização é homogénea. Apresenta ausência de defeitos visuais e defeitos olfativos
As espécies botânicas com valor apícola predominantes nesta sub-região são: o Echium plantagineum (soagem), compostas ligulifloras (cardos), as cruciferas (Raphanus sp., Capsella sp., Diplotaxis catholica, Brassica sp.), as leguminosas espontâneas (trevo, luzerna, vicia e serradela) e rosáceas espontâneas (silva, rosa, Potentila sp. e Sedum sp.) e cultivadas (pereira, macieira, pessegueiro e amendoeira), eucalipto, algumas cistaceas e labiadas.
É um mel de néctar que provém essencialmente dos nectários das flores, de cor Variável e que pode apresentar-se sob a forma de mel centrifugado ou em favos. Com características organoléticas típicas de origem botânica, possui um aroma e sabor floral (eucalipto) intensos. A cristalização é homogénea e possui um exame visual muito bom a excelente, tanto no estado líquido como no estado sólido. Apresenta ausência de defeitos visuais e defeitos olfativos.
As espécies botânicas que predominam nesta sub-região são: o Eucalyptus globulus, Echium plantagineum (soagem), compostas ligulifloras (cardos), as cruciferas (Raphanus sp. , Capsella sp., Diplotaxis catholica, Brassica sp., Sinapis sp.), Lavandula luisieri, Rubus ulmifolius, Ulex sp., Genista sp., ericaceas (urze) E. arbórea, E. umbellata, E. lusitanica, E. australis, Calluna vulgaris (queiró) e Arbutus unedo (medronheiro); cistaceas, carvalhos (Quercus suber e Q. cocciferd), freixo (Fraxinus sp.) e salgueiro. (Salix sp.)
O mel dos Açores Dop é um mel centrifugado, obtido apartir dos néctares de incenso e multiflora, pela existência variada de vegetação que se desenvolve na região.
1- O mel deve apresentar as seguintes caraterísticas:
a) Mel de incenso:
- cor variável entre uma tonalidade quase incolor a amarelado
- odor delicado e perfumado
- sabor muito doce com paladar típico, baseado nos óleos essenciais do incenso
- consistência fluída
b) Mel Multiflora:
- cor castanho escura
- sabor agradável
- consistência fluída
2 - Para além disso os méis devem apresentar-se:
a) isentos de matérias orgânicas e inorgânicas estranhas à sua composição,
como por exemplo bolores, insetos e fragmentos;
b) sem vestígios de terem começado a fermentar ou a ficar efervescente;
c) sem vestígios de ter sido aquecido;